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quinta-feira, 29 de novembro de 2012













Soneto aos seus olhos 

A alma calada e agitada grita, 
A boca tagarela se cala,
O coração parado se agita, 
O amor antes oculto se revela

Os olhos sonolentos sorriem
E penetram a minha alma,
Antes de calados se fecharem
Fitam-me com certeza e calma

O piscar dos seus olhos divinos
Oculta tamanha beleza por segundos
De quem são este belos olhos?

Os dois apaixonados mal sabiam
Que durante o encontro dos seus olhos
Estrelas caiam e novas surgiam (Carlos Amado) 

sábado, 13 de outubro de 2012

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Sobre a vida
Se iludir não é achar uma explicação falsa,
Se iludir é tentar achar explicação(Anderson Pavão)

quinta-feira, 4 de outubro de 2012


Era uma vez

Era uma vez em um reino chamado Terra
Subterrado por extremo ódio e guerra
Lá havia um garoto magro como outro qualquer
Seu alimento era a austera poesia,
Seu amor era a grande e bela Sofia.

O garoto começou a conhecer a vida
Cavoucando a ferida do seu ser
E nas entranhas do sistema tentando sobreviver
Seu coração pulsava com agonia
Enquanto recitava no canto do quarto sua poesia

Aquela poesia era diferente
Nela continha só perguntas e nenhuma resposta,
Nela havia poucas rimas, mas as poucas muitas valiam,
Uma pergunta intrigou sua mente, e fez-lo pensar
O que é a vida? E por que dela?

Muito pensou muito se questionou,
Mas a nada, absolutamente a nada chegou
Foi quando achou ter a explicação
Correu ao papel para escrevê-la,
Mas o papel não estava lá onde deixara
E a explicação voara, nunca mais ele a achou
Revirou, desvirou, procurou, mas não achou,
A janela da sua mente se fechou
E este garoto hoje sou... (Adam w italiano) 

terça-feira, 2 de outubro de 2012












Simplesmente

Deixe-me em paz
Eu sei o que estou fazendo
Amando e sofrendo,
Porque amar é sofrer
E sofrer é viver

Simplesmente ame,
Vá até marte pelo seu amor.
Chore, pois chorar faz parte
E a tristeza faz arte

Sonhe e corra atrás dele,
Mate ou morra por ele,
Porque um sonho nunca é inútil

Sonhe pequeno, sonhe grande,
Mas tente realizá-lo
Para se sentir realizado
E assim se tornar feliz

Viaje muito, mas não vá para longe,
Porque a distância pode te separar
De quem você mais quer amar

Viaje, mas volte
Com historias para contar
E novas pessoas para amar

Morra, mas deixe seu nome marcado na historia
E na memória de muitos amigos
E de poucos inimigos

Simplesmente viva! (Carlos amado)

segunda-feira, 1 de outubro de 2012


Historinha


Estava eu perdido em mim
Procurando achar explicação
Para o que sou


Olhava para o chão
e o chão nada me dizia
Olhava para frente
e nada via
Olhei para o céu
e vi ele se abrir
de lá saiu uma luz
mais forte que a luz do sol
a luz me cegou
e ouvi uma voz que me disse:
 “Você é o que pensa ser”

Agora me vi perdido
no labirinto que é ser,
procurava explicações,
via palavras, mas não podia tocá-las

-Voltem palavras, voltem palavras, não fujam!
Minhas suplicas eram inúteis,
as palavras continuavam fugindo
-Voltem palavras, voltem palavras, não fujam!

Foi quando me calei paralisado
nesta hora pensei:
 “Nada penso sobre ser, logo nada sou”

Nada sou, nada sou, nada sou!
Estas palavras tomaram conta do meu ser,
então desesperadamente gritei:
 “Nada sou!”

O grito atravessou cidades,
mares e montanhas,
todos ouviram e acreditaram
 e hoje ninguém mais é
“Nada somos, nada somos!”  (Anderson Pavão) 

domingo, 30 de setembro de 2012
















Espólios

Para o mundo o que deixarei?
Talvez meus versos?
Meus livros, meus discos?
Talvez minha ideias?

Para a minha amada o que deixarei?
O gosto doce do meu beijo?
O meu bem mais precioso?
Acho que deixarei só o meu amor.

Para mim o que deixarei?
Talvez o céu? O inferno?
Ou quem sabe um caixão florido
onde sozinho descansarei. (Anderson Pavão)
Minha aldeia 

Na minha aldeia existe um rio 
Maior que o rio Nilo,
Na minha aldeia tem um passarinho
Que é o mais belo dos pássaros,
Pois só habita a minha aldeia

Na minha aldeia existe uma garota
Esta mais bela que todas as outras,
Pois é só minha e da minha aldeia

Na minha aldeia existe um garoto
O mais feliz que já existiu,
Pois só brinca na minha aldeia

A minha aldeia é a mais bela das aldeias,
Pois é simplesmente a minha aldeia (Anderson Pavão) Poeminha infantilzinho que fiz, mas é bonitinho :)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012














Observação

Penso que pensar é sentir
Por isso nada penso,
Observo o mundo
E me vejo nele.

Penso que nada é real,
Só o simples fato de ser,
Só penso que não penso

Observo o mundo
Como se fosse um amigo,
Porque de inimigo já me tenho

Assim caminho só
Observando o mundo
Sem saber que sei
Que ele está em mim (Anderson Pavão)

Cúmplice
Cada um cumpre o que coube a ele cumprir
se eu cumprisse o destino como um menino
que não sabe cumprir o compromisso
que coube e ele cumprir,
 eu nada cumpriria, pois saberia que devia cumprir
e assim viraria cúmplice do destino... (ANDERSON PAVÃO) 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012













Felicidade

Hoje eu quero dançar e cantar,
Hoje eu quero voar sobre o mar,
Entre estrelas e ódios,
Entre aviões e prédios 

Hoje eu quero sentir o que nunca senti,
Hoje eu quero sorrir como nunca sorri,
Hoje eu quero voar nos meus versos
Sumir em outros universos
E subir sem medo de cair.

Não deixe a tristeza
Ofuscar sua beleza,
Não deixe a solidão
Mudar sua direção

Vamos dançar e rodar
Juntos nesse salão
Sendo assim felizes
Para todo o sempre...

Hoje eu quero ver os fogos pintando o céu,
A tinta manchar o pequeno papel,
Hoje eu quero simplesmente ser feliz
Como nunca fui e nunca serei... (Carlos amado)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012




















Lembro-me 

Lembro-me do chá da madrugada
Que a gente fazia
Pra discutir a terra encantada
Da amada Sofia
Que de nada sabia

Lembro-me da razão
E das longas discussões
Sobre as razões irracionais
Destes animais.

Lembro-me do Chico
Que você me ensinou a ouvir,
Apreciar e curtir

Lembro-me dos raros momentos,
Raros choros e pensamentos,
Brigas e tormentos...

Lembro-me que lembrei
De tudo que passei
Do lado do meu irmão
De impuro coração...

sexta-feira, 14 de setembro de 2012


Se entregue

Se entregue meu amor
Que também me entregarei
Se entregue meu amor
Que mais te amarei

Se entregue meu amor
Sem choro nem pavor
Só o puro e belo amor

Se entregue meu amor
Que eu já me entreguei
Se entregue meu amor
Que muito já chorei

Se entregue meu amor,
Se entregue inteiramente
Corpo, coração, alma e mente

Se entregue ao amor
Meu belo amor
O amor de todos os mortais
O amor só nosso e de ninguém mais

Se entregue meu amor
Sem birra nem reza,
Sem ciúmes nem pressa
Só se entregue ao amor... (Carlos Amado)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012
















LIBERDADE 

"O homem esta condenado a ser livre" 
O que é a liberdade? 
O que é a falta dela?
O que é ser livre?
Sobre a liberdade digo-lhes:
A liberdade é ser, é depender da própria independência, o independente é dependente de outros, o ser livre é a historia e faz historia, todos os homens nascem livres?
Num mundo onde nascemos rodeados por concreto, não há liberdade? O homem no seu estado natural é o bem e o mal, o certo e o errado, o sentimento e a razão, o homem natural logo é corrompido, por convicções e “verdades” hereditárias. Uma mentira dita várias vezes se torna verdade.
A liberdade consiste em ser por conta própria, mas há interferência social, pois você convive, e a convivência neste aspecto é um crime a liberdade.
O que é liberdade de expressão?
Liberdade de expressão é ser livre para expressar o que quiser, digo-lhes que somos livres pra pensar o que quiser, não somos livres para falar o que queremos, para se expressar, se não podemos demonstrar o que pensamos de nada vale pensar? O conhecimento não é interior, pois ele vem do exterior, do que adiantaria Sócrates pensar tudo que pensou e não falar? Hoje não teríamos as idéias dele para estudar?
O sábio é prisioneiro da liberdade, o sábio é prisioneiro do seu conhecimento, todos somos prisioneiros da razão e conseqüentemente dos sentidos, os sentidos e a razão esclarecem o mundo exterior, e eleva-te a uma liberdade. Sentir as rosas, tatear os livros, ouvir os pássaros, degustar uma fruta, raciocinar o que esta fazendo, e assim ir conhecendo o mundo, assim criar seu mundo, o homem só é livre quando cria seu mundo. E assim no seu mundo ele é prisioneiro, se abrindo e se fechando a novas idéias, todos somos livres e todos somos prisioneiros, escolha a prisão certa e viva seu próprio caminho pra ser feliz de verdade. Adam W italiano 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Quem devo amar?

Entre dois corações
Em qual me recolher?
Entre duas vidas
Qual devo viver?

Entre dois seres
Qual ser?
Entre dois caminhos
Qual escolher?

Entre o bem e o mal
Qual seguir?
No sobe e no desce
Será que vou cair?

Entre você e ela
Qual amar?
Entre o chão e a lama
Onde devo rolar?

Entre a vida e a morte
Devo me matar?
Entre a morte e avida
Quem devo amar? (Carlos Amado)

 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012


Teoria do contrário
O mundo surgiu belo, mas imperfeito, o bem existia e com ele o mal, um dependia do outro, a dosagem era bem atribuída 50%, mas tudo mudou.
O bem que dependia do mal, quis dominar com um jogo maligno, mas o mal logo reagiu e com um golpe bondoso dominou a Terra.
Hoje acontecem várias guerras entre o bem e o mal, às vezes um ganha, às vezes outro, mas sempre há uma guerra, até nos momentos de rara paz há guerra. Esta guerra acontece em meu ser e em cada individuo constantes guerras entre o bem e o mal, o claro e o escuro, o masculino e o feminino, deus e o diabo, destino e acaso, mas cada caso é um caso.
Sobre este paradoxo normal que equilibra o ser digo-lhes apenas o que penso, apenas teorias, nada mais que insossas palavras.
O mundo necessita de um equilíbrio, até certo ponto, o equilíbrio total seria a perfeição e a perfeição é uma utopia, digo-lhes que há duas maneiras de resolver todos os problemas do mundo, são elas:
1: Matar os humanos
2: Dar um pouco de lucidez aos loucos e um pouco de loucura aos lúcidos, causando assim um equilíbrio perfeito, que fará os seres se matarem, suicídio amigos, suicídio.
Agora a pergunta: O que veio primeiro o bem ou o mal?
É a mesma coisa de perguntar quem veio primeiro o ovo ou a galinha, um depende do outro. 



domingo, 9 de setembro de 2012













Tradução

Escrevo milhares de versos
Em nuvens empoeiradas,
Desperto suspiros
Em donzelas apaixonadas

Escrevo milhares de palavras
Em mil línguas
Só para conquistar
Um novo poema,
Um novo amor.

Elaboro milhares de rimas
Para conquistar a perfeição
E convulsionar a arte,
Arte que é uma convulsão

Sou milhares de pessoas
Só para ser diferente
E sentir o que ninguém sente,
Escrevo para traduzir isto... (Carlos Amado) 

sábado, 8 de setembro de 2012


















Outro caminho... 
A vida era bela para Carol, seu coração batia, sua mente delirava nos livros, sua mão trabalhava em um novo texto, sobre o que ela vai escrever? 
Carol pensou calada enquanto ouvia o silencio gritar: 
“A vida é bela pra mim, nada me falta, tenho dinheiro, uma mente sã, um coração que pulsa, mas algo me faz falta, algo que não sei bem o que é” 
Diante do paradoxo que se encontrara
 chorou, Carol se sentia triste, pensava não ser ninguém, não ter nada. Só que a pura menina tinha tudo que uma mulher gostaria de ter, ela tinha beleza, tinha delicadeza e era inteligente.
Será que isto basta para ser feliz?
Carol sentia o peso de uma ilusória satisfação em ter, mas ela não queria satisfazer-se com o ter, ela queria satisfazer-se com o ser. O ter é trivial enquanto o ser é acolhedor, supremo e torna-te feliz.
Carol sentiu o passado fugir da sua mente, sentiu o presente se desfazer no futuro e esqueceu o que era, esqueceu que era apenas uma mulher, esqueceu que ela era a Carol, hoje ela não sabe quem é, seria ela a Maria? Seria ela a Paula? Quem seria ela? Seria ela você?
Carol evoluiu muito economicamente, mas não é feliz, pois não ama, Carol vive sozinha com sua agonia e sua poesia, ela não ama, amar é ser. Ela não é
Carol estava na frente do espelho, seu coração uivava feito um lobo, sua mente gritava um som altissonante, sua mão tremula segurava a lamina, prestes a dar o corte final ela parou, a lamina caiu, um sorriso surgiu e ela disse:
“Por que fazer isto? O caminho que escolhi foi errado, mas sou livre para voltar e escolher outro caminho menos tortuoso”

Outro caminho...
Busquei tudo e tudo conquistei,
Busquei tudo e nada encontrei,
Amei tudo e ninguém me amou,
Sei tanto que nada sei.



No paradoxo do meu ser,
Sei que não sei viver,
Mas hoje aprendi que o ser
É mais importante que o ter
Seja lá quem você for.



Arde saber que não sei,
Arde encontrar o que não encontrei,
Arde no peito uma dor inigualável
a qualquer outra dor que já senti



Rendi-me a ilusão de ter
E perdi anos da minha vida,
Me perdi sem nada saber
E minha vida tornou-se uma ferida


Agora farei diferente,
Agora outro caminho escolherei
E de novo sozinha sangrarei...         

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Por que do nome onde o poeta dorme?

Não sei responder com exatidão o momento em que passou pela minha turbulenta e confusa mente este nome, mas posso explica-lo, o poeta dorme em seus versos, ele descansa nas linhas tortas feitas e refeitas, ele é o brilho no olhar do leitor, ele habita cada leitor.
O nome vem da intensa sensação de bem estar enquanto escrevo, como se tivesse descansando mesmo em meus versos, a poesia  é uma forma de se desligar do mundo, dos problemas, ela é um grito.

Por que dos heterônimos?

Eu estava me questionando sobre o que sou  e acabei me dividindo em:
Coração em harmonia com a mente: Carlos Amado
História e fatos: Mario Poeta
Rebeldia e juventude: Marina Cruz
Tristeza e solidão: Jose Arnulda
Ser natural, mente, questionamento: Anderson Pavão

Explicado agora ? Abraço...  














Outro caminho... 


Busquei tudo e tudo conquistei, 
Busquei tudo e nada encontrei, 
Amei tudo e ninguém me amou, 
Sei tanto que nada sei. 

No paradoxo do meu ser, 
Sei que não sei viver, 
Mas hoje aprendi que o ser
É mais importante que o ter
Seja lá quem você for.

Arde saber que não sei,
Arde encontrar o que não encontrei,
Arde no peito uma dor inigualável
a qualquer outra dor que já senti

Rendi-me a ilusão de ter
E perdi anos da minha vida,
Me perdi sem nada saber
E minha vida tornou-se uma ferida

Agora farei diferente,
Agora outro caminho escolherei
E de novo sozinha sangrarei...












Humanidade
Olho os humanos com seus pobres corações despedaçados, olho-os com dó, mas eles me olham com um olhar eflúvio, não entendem o que quero, nem eu sei o que quero.
Eles perambulam se amontoando como formigas, sem se ajudarem, sem se comunicarem, cada um com seu mundo, com seu ser, seu trabalho, sua insignificância.
Vejo em seus olhos mundos perfeitos, vejo em seus corações podres emoções, vejo em suas mentes idéias complexas trancafiadas a mil chaves dentro do seu ser.
Ouço o arrastar das correntes ilusórias que carregam estes pobres seres, sinto o cheiro dos seus perfumes baratos, dos seus cigarros tóxicos misturando-se com o cheiro dos escapamentos dos seus carros.
O sorriso é ilusório, o choro que me rasga é real, não vejo vida nestes pobres humanos, vejo tristeza guardada, enrugada pelo tempo, eles sentem avidez, o poder corrompe o homem. 
Eles sentem desejos ditos como impuros, mas seu ser é a impureza, seus desejos meros desejos normais, por que tenho pena deles? Porque sou um deles.
Tenho pena de mim, porque nada sei, porque nada vejo, nada ouço, nada sinto, nada escrevo. O que sei é pouco, o que vejo ninguém vê, o que ouço são sons distorcidos identificáveis, o que sinto ninguém sente, o que escrevo ninguém lê, nada tem sentido na bola de neve de acasos que é a vida, nada a não ser a morte, a bela morte.
A felicidade eu perdi na estrada da vida, o sorriso está enferrujado e eu permaneço calado, trancafiado no meu quarto com meus cadernos.
Meu coração está cortado, um conte profundo onde jorra sangue em formato de poesia, mas continuo sem parar, com a única certeza a morte, bela morte incerta.
Este texto começou de um jeito e está terminando de outro, não sei se você me entenderá, mas dir-te-ei que eu sou você. (Jose Arnulda) 















Era uma vez

Era uma vez em um reino chamado Terra
Subterrado por extremo ódio e guerra
Lá havia um garoto magro como outro qualquer
Seu alimento era a austera poesia, 
Seu amor era a grande e bela Sofia. 

O garoto começou a conhecer a vida
Cavoucando a ferida do seu ser 
E nas entranhas do sistema tentando sobreviver
Seu coração pulsava com agonia
Enquanto recitava no canto do quarto sua poesia

Aquela poesia era diferente
Nela continha só perguntas e nenhuma resposta,
Nela havia poucas rimas, mas as poucas muitas valiam,
Uma pergunta intrigou sua mente, e fez-lo pensar
O que é a vida? E por que dela?

Muito pensou muito se questionou,
Mas a nada, absolutamente a nada chegou
Foi quando achou ter a explicação
Correu ao papel para escrevê-la,
Mas o papel não estava lá onde deixara
E a explicação voara, nunca mais ele a achou
Revirou, desvirou, procurou, mas não achou,
A janela da sua mente se fechou
E este garoto hoje sou...



                                            A viagem do Poeta

Estava eu perdido nos versos da minha vida, tentando rimar e conectar as questões as respostas, perambulava pela sala feito um mendigo, olhava as paredes que não impediam meus pensamentos de voar, via o teto que impedia a chuva de me molhar, via o chão, me via no chão, eu estava lá.
No meio desta loucura de ser, perdi o equilíbrio tropecei e cai em um mundo, mundo que não compreendia, mas que amei, lá não existia humanos, só eu, eu e pássaros, eu e a liberdade, eu e minha rede de deitar.
Lá todos eram livres, não existiam humanos, só que o equilíbrio e a tranqüilidade daquele belo lugar desequilibraram-me, minha cabeça se amarrou fortemente nos nós do meu coração, que me mandava voltar, mas me fechei com o fechar dos meus olhos, de lá não sai, na hora de abri-los pensei tudo ser ilusão, mas eu via, sentia, ouvia, tudo aquilo era lindo, perfeito, perfeito a ponto de me enlouquecer.
No abrir dos olhos vi uma formiga, ela voava, e me falou:
-Por que deste medo? Voe também!
Nesta hora vi que tinha asas, voei, mais alto que Ícaro, mais alto que as nuvens, mais alto que tudo, voei por galáxias, planetas e outros universos.
Voei e pousei numa linda flor, seu nome? Poderia revelar, mas ela é tímida quer sigilo e não quer revelar nosso amor, se abraçamos, beijamo-nos, falamos. Sobre o que conversamos? Sobre tudo futebol, folclore, perguntas, respostas, tese, antíteses, sínteses, e tudo mais, belas conversas tivemos.
Mas agora devia partir, estava na hora de ir pra escola, minha mãe berrava palavrões e xingamentos baixos, o transporte estava na porta de casa, berrava como acabou de berrar para eu ir dormir, mães... Mas prosseguindo, voltei a si, com o caderno na mão, e muitas lembranças, da longa viagem que fiz pelas linhas dos meus versos. 
Prisão
Os meus olhos não podem enxergar com tantas verdades impostas, 
A minha boca não pode falar, pois a fecham com mãos sujas de sangue, 
Meu corpo eu não sinto, só sinto correntes, fortes correntes, correntes 
ilusórias, 
Mas sinto-as apertando-me, aprisionando-me, trancafiando-me. 

Meu corpo não sen
te nada, nada sinto, nada vejo, só ouço o arrastar dos
vermes,
Pútridas frutas como, como sem desejar, mas como para sobreviver,
Choro porque sei que isto não é vida, não é vida, não é viver,
Viver é chorar, é ser triste, é amar, é não viver, acho que não sei o que é viver,
Pretendo fugir, mas nada enxergo, pra onde ir?

Começo a questionar-me, não sei o que sou, nem pra onde vou,
As correntes começam a afrouxar, sinto-me mais livre, pronto para voar,
Mas pra onde ir? Nada enxergo, nada sinto, só sinto um leve e irredutível gosto de liberdade, mas ainda há correntes.

As correntes somem, deixo os companheiros de lado,
Curto a insanidade de minhas poesias, que antes não sabia escrever,
Corro com meu caderno, escorrego, cai, machuco-me, choro,
Não vejo nada, mas continuo correndo, onde estou?

A morte era uma solução, corria e nada achava, corria sem saber o que procurava,
Onde estou? Pra onde vou? Avisto a luz aquele é o lugar,
Será? Mas o que é? Onde estou? Pra onde vou? Onde estou? Pra onde vou?

Sigo a luz com fervor e muito pavor, choro, sorrio, escorrego, sinto a morte
Escapei com astucia e sorte, amo-a, mas rejeito-a, quero, espero, mas sigo,
Preciso encontrar a luz, que entra com fervor e amor na minha solitária caverna,
Passo pós passo, tropeço pós tropeço, vejo mais do que via.

Avistei algo estanho, nuca visto, parece um avião, mas voa graciosamente melhor,
Com mais delicadeza e puro amor, sentindo a liberdade em suas asas,
Vejo lindas frutas, que bicam aqueles animaizinhos, apanhei uma e comi
O seu gosto era incrível, sensível, senti além, doces cheiros, lá não há dinheiro
Só eu, minha poesia e a linda Sofia, meu único amor.

Mas que terror horrível, um terremoto devasta meu ser, quero voltar e mostrar as pessoas o que vi,
Mas elas não acreditaram, e acomodadas ficaram, de novo me acomodei,
De novo esqueci o que provei.














Simplesmente a ame

Exercite a razão,
Mas não esqueça do coração, 
Um coração que bate só 
É de dar dó 

Escolha a mulher certa
E transforme-a na razão do seu viver,
Trate-a bem que ela te tratará também

Beije-a com calor
Que o calor dos seus corpos
Reacenderá o amor

Dei a ela flores
Para estimular amores,
Dei chocolates ara comer juntos
E assim permanecerem

Agarre-a como nunca agarrou
Só para quebrar a monotonia
E não cair em um cotidiano,
Lembre-se que o amor é soberano

Seja a sua metade
Dando-a liberdade
Para voar quando bem entender

Vá com ela ao cinema
Não queira só tê-la na cama,
Queira tê-la inteira,
Não só corpo, mas alma

Não diga que ela é sua,
Pois ela não é,
Você não manda nela
E não deixe ela mandar em você

O amor só dura em liberdade
O ciúme só vaidade,
Somente ame-a
E deixe ela te amar
Até o amor voar... (Carlos amado

Poema à solidão

Poema a solidão 

Consola-me ó solidão, 
Leve-me ó solidão, 
Perca-se em meu coração, 
Eleva-me mãe solidão 

Livremente voe solidão, 
Mas não esqueça-me 
Mande-me ao caixão 
Não me perdoe, mate-me

Morto já estou
A solidão me matou
Leve-me solidão...

A minha vida é um paradoxo
Que a amada solidão
Um fim pôs por compaixão

Leve esta depressão,
Leve-me solidão...(José Arnulda)